Artimanhãs

Ela chega a tarde, às vezes tarde

Sabendo que a noite é a nossa estação

Temos nosso canto, temos nosso lugar

Não temos nenhuma pressa de acabar.

Falamos de tudo, falamos de nada

Cantamos o mundo, rimos de tudo

Falamos dos outros, falamos de nós

Histórias futuras, histórias passadas.

É cheia de artimanhas

Não age com o coração

Mas eu já tenho a manha...

Ou será que não?

A noite começa, a noite se acaba

Ela ao lado, ela é alada

Livre como o vento

Chuva de verão!

A manhã chega, e ela se vai

Tem algo que odeia: barulhos!? jamais!

Mas com cheiro que fica

Também fica a paz!

E quando o dia chega, é hora de ir

Mas o último beijo, já no portão

Deixa na espera: ela voltará

Contando nos dedos os dias que virão...!

Felipe Terlecki
Enviado por Felipe Terlecki em 02/12/2016
Reeditado em 23/11/2020
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