Artimanhãs
Ela chega a tarde, às vezes tarde
Sabendo que a noite é a nossa estação
Temos nosso canto, temos nosso lugar
Não temos nenhuma pressa de acabar.
Falamos de tudo, falamos de nada
Cantamos o mundo, rimos de tudo
Falamos dos outros, falamos de nós
Histórias futuras, histórias passadas.
É cheia de artimanhas
Não age com o coração
Mas eu já tenho a manha...
Ou será que não?
A noite começa, a noite se acaba
Ela ao lado, ela é alada
Livre como o vento
Chuva de verão!
A manhã chega, e ela se vai
Tem algo que odeia: barulhos!? jamais!
Mas com cheiro que fica
Também fica a paz!
E quando o dia chega, é hora de ir
Mas o último beijo, já no portão
Deixa na espera: ela voltará
Contando nos dedos os dias que virão...!