Ela e Eu
Em uma tarde qualquer,
Nossos caminhos se encontraram,
Certo que foi com ajuda de um empurrãozinho.
Mas estamos felizes no nosso mundinho.
Ela escrava da fluoxetina,
Eu do maldito diazepam.
Somos dois hipocondríacos,
Dois bobos, porém divertidos.
Ela me entende, até o profundo do meu ser.
Se parece muito comigo.
A essa pessoa devo muito,
E não sei como agradecer...
Não sei se ela gosta de poemas,
Mas tinha que descrever.
Mais um dia se passa,
E a saudade do seus beijos me mata.
Às vezes me pego meio bobo,
Não sei se é bom ou ruim.
Mas tudo que importa,
É que tudo continue assim.
Sua pele branquinha me dá um desejo,
Seu cheiro gostoso, me faz delirar.
O carinho mais sincero que eu recebi.
Ninguém como ela, nunca conheci.
Despertou-me o poeta que um dia fui.
A anos estava apagado este dom,
E em um simples entardecer de sábado,
Palavras e versos vem a fluir...
Não consigo ficar um dia sem a ver,
Faz menos de um mês, mas consigo entender.
Me pego reflexivo.
E nada foi por acaso.
Sei que nos braços dela,
Eu realmente me acho.