Uma poesia em forma de mulher
Andava pelas ruas
Como quem pisava em nuvens.
Estava um dia inteiramente agradável.
O calor do Sol a sua pele aquecia,
E o frescor da brisa suave
Tocava seu rosto.
Sentia-se como quem
Podia conquistar o mundo.
Ah, e com aquela beleza no olhar
Realmente ela podia!
O tecido que lhe cobria o corpo
Parecia que o acalentava,
Num abraço com toque de seda.
Tal beleza resplandecente,
Fazia com que todas as pessoas
Parassem para admirar
Aquela adorável figura passar.
Seus passos, fielmente cronometrados,
Pareciam compassos
De uma música a dançar.
Às vezes, tinha as ruas à sua frente
Como passarelas:
Um caminho pelo qual desfilar.
Em gratidão à tanta doçura,
Poesia em forma de mulher,
Um jovem sentado em um café,
Lhe oferece um ramalhete de flores.
A jovem (bailarina, modelo, sonhadora)
Abraça contra o corpo,
Aquele singelo e perfumado buquê,
Abre um sorriso que ilumina tudo
E percebe que uma pequena parte
De seu plano de conquistar o mundo,
Ela alcançou;
Nem que seja o mundo à sua volta.