RESPIRO PELOS POROS DOS MEUS VERSOS
Respiro pelos poros dos meus versos,
Neste respirar ofegante e constante,
Meus queixumes de amores adversos,
Que me são de desgostos e desânimo.
Meu respirar eu devo aos meus versos,
Que me dão momentos de inspiração,
Vêm pelas veias do fundo do coração,
Versos compassados de palpitar certo.
Os meus versos me pedem segredo
De serem meus poros de respiração,
Não querem que eu cumpra degredo,
Por os escrever com tanta devoção.
O palpitar dos meus versos, é lento,
Para não me causar danos gravosos,
Quero continuar a respirar os versos
Pela suas veias e pelos seus poros.
Ruy Serrano - 30.08.2016