Uma cadeira que balança

Desejo que a partir de hoje

Em nossos caminhos haja somente

A luz do Sol, Flores, amores de todas as qualidades

Dias felizes, solução para todas as crises

E uma cadeira de balanço

Nos finais de tarde

Eu vejo a luz do Sol descendo

Iluminando, aquecendo e clareando

A Terra, as raízes e as pétalas das flores

Eu vejo flores

A enfeitar nossos caminhos

A perfumar, A ornamentar, A tornar muito mais belas

A minha vida

A sua vida

E as vidas de todas aquelas

Pessoas que até há pouco tempo

Por viver uma vida de dor

Haviam Se esquecido

de algo que sempre vinha por cor

Nos caminhos cinzentos

pelos quais passávamos

Caminhando em silêncio

Antes que os pássaros acordassem

E queria também

Uma cadeira de balanço

No final da Tarde

Eu quero que estejam bem próximas

As manhãs felizes

Que todas as nossas vidas merecem

Que estejam nos nossos caminhos

O maior número possível de notas máximas

Que as pessoas que amamos

Estejam sempre bem pertinho

E que nunca recusem-nos abraços

E que possamos apoiar-nos

Uns aos outros

Na realização de cada passo desta dança

Que nos venha sempre

Aquele sonho de criança

Como se fosse um desenho num papel

Onde há sempre flores

Uma casinha, um Céu e um Sol que arde

E que haja pra sempre

uma cadeira que balança

Onde possamos nos sentar e gargalhar

No final de cada tarde.

Edson Ricardo Paiva