O INFINITO

Meu coração, esse...

Sofre de imensidão,

E ainda que peles,

Por onde carnes,

Em sangues, pulsões,

Queiram ganhar o mundo,

Ainda sim, o imenso vazio

Por onde o pensamento voa,

Este sim, inteira-me,

Ah palavras! A fechar-me

Os olhos, soltar-me o corpo,

Meio que pássaro, aos céus,

Luas, estrelas, sóis, ventos

Ao dia, noite, nesse

Tanto faz de um corpo

Ao infinito, feliz, solto...

E assim como embala, meu coração.

Desembrulha-o: presente,

Aos seus olhos, esses,

Tão leitores de poesia.

Ao cartão: de meu infinito, a

Uns olhos, tão perdidos de mar.

DA MONTANHA
Enviado por DA MONTANHA em 11/08/2016
Código do texto: T5725917
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