A LEVEZA

Ela não era bonita nem estava trajando com realce

De longe comecei a ve-la e continuei olhando sem disfarce.

Não queria perder aquela imagem gloriosa num rosto risonho

Andando com uma leveza que parecia no auge dum sonho.

Ela não caminhava.Seus movimentos eram de quem flutuava

E seu porte esbelto não era indiferente a quem passava.

Não tirava o olhar do infinito,como falasse ao seu namorado

Pedindo a repetição das juras que ha pouco havia escutado.

A vida,por si só, oferece estas pinturas ao colecionador.

Basta usar a sensibilidade que a todos foi dada pelo Criador

Para iniciar a infindável colheita da Produção Divina.

Aquela criatura me deu o molde da felicidade festejada

Estou a procura de uma grande paixão que possa ser imitada

Na sua leveza, na sua doçura e no seu porte de heroína.

Cléo Ramos
Enviado por Cléo Ramos em 02/08/2016
Reeditado em 04/08/2016
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