Onde devo ir?
Onde devo ir? (20) 24/08/2013
Certa vez fui a uma festa,
nesta, pus-me a observar,
os semblantes das pessoas
e modo de conversar.
Nas conversas sempre o ego
estava alto por lá,
todos se defendiam,
pois perder nunca podiam,
queriam se exaltar!
Era só prosperidade,
eram pais de majestade,
eram avós de herdeiros reis.
Cada história, não crereis!
notadamente fui vendo
as coisas acontecendo,
a estultícia estampada
na face de cada um.
cada assunto, uma lástima,
fantástica a ignomínia!
fingidos de filoginia com
contos de espectros mil.
Célebres com nostalgia,
fui fazendo apologia,
concluí como ouvidor:
Nenhum sequer era sério,
todos tinham um mistério,
dentro, no interior!
O riso era sem graça,
a fala, um desperdício,
o amor tão fictício
movido a som e cachaça!
Procurei outro lugar
para estar observando,
foi quando cantos ouvi
e logo pude sentir!
Um lugar silencioso,
entrei ali cauteloso,
sentei-me a observar:
tudo era diferente,
o ambiente? era outro!
a fala só prevenia,
se alguém ria, era gozo,
tinham olhar amoroso
e outra ideologia!
No primeiro era escuro,
sem futuro provedor,
sem favor, sem confiança,
sem amor ou compaixão.
No segundo, era dia,
uma paz contagiante,
eu via em cada semblante
algo que me comprazia!
Eu perguntei a razão:
Onde devo estar então?
na casa da oração
ou festa da fantasia?
José Aparecido Ignacio Agosto 2009