ESTÁTUA
Que espinho dói tanto em nós
Para ficarmos distantes
Para nos deixar assim sós
Como estátua de amantes?
Que nó nos aparta
Assim um do outro
E nenhum dos dois desata?
Que estranha essa mudez
Que consegue calar a voz
De nossa embriaguez
Onde tudo anuncia
Para esse encontro ter vez?
Onde o amor já nos une
E fiel cumplicia
Em poesia e rima
A felicidade que se anuncia?