MEMÓRIA

Divino se diz

Divino se faz

No decorrer do tempo aguça muito mais

Nas entrelinhas do tempo

No afugentar do percurso

Enobrece o brilho

Enaltece o olhar

Na linha imaginária do horizonte

Ergue a mão nos folhetos jogados ao vento

Busca a ternura e o olhar

Selecionando alguma centelha pra te avivar

A memória

O coração

Que às vezes se perdem no tempo tragando alguma ilusão

Do virtuoso sem sedução

Lapidando resíduos pra não magoar o coração