ASSISTINDO À CHUVA

Assistindo à chuva na janela

Eu vejo gotas levadas pelo vento

Em desespero querendo ganhar o chão

Há um bailado de gotas aflitas

Umas abraçam-se inseguras

E fortalecidas, sem medo

Formam poças no solo

A grama molhada arrepia-se

Quando o vento sopra

As árvores têm suas almas lavadas

E deixam-se brotar em flores e frutos

Os passarinhos correm de um lado para o outro

Alguns se arriscam em banhos refrescantes

Outros voam felizes para os ninhos

Na janela o gato silencioso assiste a tudo

À beira-mar a garça solitária

Busca o alimento dos filhotes

Enquanto tatuíras assustadas

Escondem-se embaixo das caudas das ondas...

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23.12.15

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 23/12/2015
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