DE REPENTE
(Sócrates Di Lima)
Quando você sorri,
Há no seu olhar,
Um intenso brilhar,
Doce quimera, porvir...
Um "q" de encantar.
Quando você veio...
E me encontrou no meu canto,
Era apenas um ser,
Carente de um acalanto,
Mas, você não pode sorver,
O que o meu olhar de encanto,
Buscou no seu sorriso de bem querer..
E assim o tempo seguiu....
Você se quer me viu,
Sequer olhou-me diferente,
naquele olhar virtual de repente.
E o que importou!
Nada...
Você seguiu seu caminho,
Já que não me notou,
E eu continuei sozinho...
Depois de daquele dia,
Fiquei na minha...
Guardei a fantasia,
Daquilo que nada tinha.
E hoje, você chegou...
Inverteu-se os papéis...
Sorrateiramente me pegou,
laçou-me como se em anéis.
Então, nada me importei,
Com a sua falta de sensibilidade,
No tempo que eu fiquei,
Buscando a sua notoriedade.
Ah! Ai sim você me surpreendeu,
Quando de repente acendeu,
A luz que havia se apagado,
De um querer que se escondeu,
No tempo que ficou guardado.
Senhora, mulher menina,
Que acendeu minha luz,
Escreveu minha sina,
Nas cartas que só o destino traduz.
E agora estou aqui...
Curtindo o bem de amar que você me quer...
E o meu amor guardado, hoje resolvi,
Doar pra você, mulher.