Primaveras

Não importa quantas são as primaveras

o que importa é florescimento das rosas,

o bailar das margaridinas,

a imponência estática das orquídeas.

Hortênsias na recepção,

sorrindo em meio ao orvalhar granulado!

No gramado verde-folha,

os hibiscos saem à vida,

dando graça e abracejos

aos bambus tão maleáveis.

Alamandas dançam,

parecem cantar a canção,

fazem coros com as clívias,

harmonizam junto aos crisântemos.

A dama-da-noite desfila

por entre os jasmins-estrelas,

as gazâneas fazem cócegas nas estefânias.

E assim não importa quantas são as primaveras,

o que importa é a vida que emerge ...

... e os perfumes que ficam!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 29/09/2015
Reeditado em 29/09/2015
Código do texto: T5398184
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