“Poeta em crise”
Os anos passam, não perdoam...
As marcas surgem, são cada vez mais fortes...
As lembranças doentias esfriam e parecem sumir...
O medo do abandono diminui, as palavras fazem companhia...
O desejo latejante é sufocado, por realidades satisfatórias...
Os amigos tornam-se barreiras, protegem com pudor...
Os familiares acalentam cada passo, ajudam sutilmente...
O tempo amadurece a mente, fortemente sugere...
O texto parece fugir, por medo de palavras maduras que estão por vir...
A vida se mostra nua e crua, como reflexo de vários passados...
A alegria em forma de reflexo surge, um sorriso é dado...
“O poeta descobre que viver vale a pena, e que as marcas, fazem parte...”.
Gildênio Fernandes