Momento de Inspiração
É! vou ter que escrever:
As idéias saem quentes como lava
brotam quentes emotivas
inocentes, como gotas de orvalho.
Surgem do nada
das minas escondidas
discretas infindas
do abandono dos olhos
no aconchego das sombras
das folhas em abano.
Qual pulsar de luz de velas
em alento do sono
do sonolento lento que entoa
uma canção de outono.
Brotam,
as idéias agora constam em ata,
não se segura.
São paridas, fervem doídas,
criaturas nascidas
já quase maduras palavras.
São figuras de m`alma
É pura dor de amor
é fixação, ternura
doçura em torpor.
Mas às vezes, também é dor
desejo e compaixão,
é pétala de flor que se feriu,
em pleno curso de cicatrização.
Agora, é quase som que acalma,
não há remédio que cure
ou alguém que segure
essa tal matinada,
é minha mão espalmada,
em busca incerta, redescoberta,
minha cara lavada
no querer do modo, a causa,
sozinho não encontrarei pausa,
não busco a reta de rima
não quero, nunca forço
jamais terei sequer um
sentimento de remorso
de nunca fazer uma obra-prima.
Meu desejo é simples:
de escrever com carinho
lançar mão de minha pena
e escrever, apenas
meu coração de
vulcão determina