FÁBRICA DE SONHOS
Você é o frio que me percorre a espinha
Mas é também a brecha do meu sol
Que faz sombrear de esperança meus olhos
Que faz viver meu roteiro num carretel de linha
Você é a liberdade do meu céu sem escolhos...
Que muitas vezes desmaia a tardinha
Quando é cortada a linha tremulante no dedo da adrenalina
E lá se vai a pipa que me deu tanto prazer esvanecer
Com o imantado e quase invencível serol!
Pra num outro sonho de criança azulejado de céu renascer
E volto pra terra enrolando com as mãos
A linha do meus sonhos, alucinação!
Como faziam as lavadeiras em peças
Coloridas com o seu famoso “rol”
Que com os dias nublados em vão se vão
Como as pálpebras que nos fazem bater e reviver
Num outro semicerrar de pálpebras quando já surge o arrebol...