Danado
O coração nunca mais voltou ao normal.
Apesar de dilatado,
Vive apertado...
Mas, com um pulso descomunal.
Entendeu que para sobreviver
Precisava crescer.
Estendeu-se, desdobrou-se,
Multiplicou-se,
Acelerou-se.
Das rédeas apoderou-se.
Convocou o apoio da razão
Para sua imprevisível expansão.
Acreditou que assim procedendo
Justificaria meus becos.
Digitalizou no firmamento meus apelos.
O improvável está acontecendo.
Graças à sua consistência,
À prova de qualquer consciência,
O coração segue tocando alto seus tambores,
Espalhando seus ardores,
Sua devoção
Pela percepção.
Sua predileção
Pela afeição.
Ele é meu suporte,
Meu norte,
Minha sorte,
O braço de minha morte.
"Com o coração aberto ao vento"
https://www.youtube.com/watch?v=qZcfBIEND00