Galhos Varridos.
A vida que sentou sob árvores
Secas, voltou-se à margem do
Mar, mirando o outro lado
Escondido da imensidão, sem
Sequelas pinçadas na pele...
Somente o gosto bom do cravo,
O hálito puro de um soprar do
Leste, onde a nau inicia sua
Benfazeja esteira de espumas.
Onde havia um olhar cansado, deu-se
O Encontro repentino que das entranhas
Da alma, arrebatou cânticos de louvores.
Os galhos secos e fracos, migraram para
O Escuro negro da terra, sentenciando a
A morte da morte, pois o decreto de ser
Livre, estancou infinitamente dores do
Corpo neutro que se escondia de todos os
Sóis, pigmentando a nova estampa, onde
O tato das canções, tocaram a fundo
O coração vertido em magia.
Mãos se tornaram jardineiras, os pés
Livres sobre o chão novo, trilharam rotas
E se voltam para o oeste, onde o sol
Teima em não cair, dourando o mundo
Vertendo vida em sumo de eternidade.
Os galhos secos ficaram enterrados e a
Árvore frondosa renascida abriga a insaciável
Vontade de viver, sob as mais belas canções
Que a alegria puder compor.