E O VENTO NÃO LEVOU...
A noite era fria...
chovia
insistentemente!...
A chuva castigava a noite,
como se usasse um açoite;
um carrasco inclemente!...
Quem há de crer, porém,
que alguém
saísse por aí!?...
Vivia então um dilema
depois de um telefonema:
“estarei à espera de ti”...
Então vinham faíscas
como riscas
no negro céu, com giz;
seguidas de um som estrondoso!...
Seu pensamento duvidoso:
“será um encontro feliz?”...
Será também que ela fora?...
A chuva assustadora...
Inclemente temporal!...
Ligou pra casa em que mora;
“não posso atender agora;
recados...“caixa-postal”...
“Sim, ao encontro, ela fora (é certeza)”!...
Mas, a incerteza
deixava sua mente apreensiva:
“verei meu mundo desmoronando;”
assim pensava desde quando
abalou-se, a relação afetiva!...
Meu Deus, isto não pode ser normal!...
Debaixo de um temporal!..
"Amor (disse) se aqui estou,
mesmo com o temporal inclemente,
é porque tudo o que houve entre a gente,
o vento não levou”!...
(GERALDO COELHO ZACARIAS)