E O VENTO NÃO LEVOU...

A noite era fria...

chovia

insistentemente!...

A chuva castigava a noite,

como se usasse um açoite;

um carrasco inclemente!...

Quem há de crer, porém,

que alguém

saísse por aí!?...

Vivia então um dilema

depois de um telefonema:

“estarei à espera de ti”...

Então vinham faíscas

como riscas

no negro céu, com giz;

seguidas de um som estrondoso!...

Seu pensamento duvidoso:

“será um encontro feliz?”...

Será também que ela fora?...

A chuva assustadora...

Inclemente temporal!...

Ligou pra casa em que mora;

“não posso atender agora;

recados...“caixa-postal”...

“Sim, ao encontro, ela fora (é certeza)”!...

Mas, a incerteza

deixava sua mente apreensiva:

“verei meu mundo desmoronando;”

assim pensava desde quando

abalou-se, a relação afetiva!...

Meu Deus, isto não pode ser normal!...

Debaixo de um temporal!..

"Amor (disse) se aqui estou,

mesmo com o temporal inclemente,

é porque tudo o que houve entre a gente,

o vento não levou”!...

(GERALDO COELHO ZACARIAS)

Coelho Zacarias
Enviado por Coelho Zacarias em 04/05/2015
Código do texto: T5230987
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