O TEMPO

(Sócrates Di Lima)

Então,

o tempo...!

... é primo irmão das horas,

que faz os seus relógios voarem

pelo seu próprio tempo,

num tempo veloz!

....e a gente nem percebe,

quando o hoje foi embora,

e o tempo virou saudade.

E nesse tempo que se fez ontem,

lembro-me do seu beijo,

Onde sua boca se encaixou na minha,

E nossas línguas se lançaram,

Em um ímpeto de mistura,

de aromas e sabores...

deixados por taças de vinho,

nos levando ao infinito,

De desejos e encantos

E o tempo dantes,

tanto esperado,

De repente,

Virou passado,

tão rápido quanto as asas,

do pássaro de asas de aço,

Que mediu nossa distância,

E me separou do seu tempo.

E a sua boca,

Que marcou a minha,

nos meus silêncios,

faz-me sentir o seu sabor,

Seus suspiros,

Seus desejos de quero mais....

E o tempo que ficou sem tempo,

num doce lamento,

Faz-nos lembrar de nós..

A sós,

Na linha inevitável,

do tempo.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 25/04/2015
Reeditado em 25/04/2015
Código do texto: T5220302
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