A liberdade é triste
A esperança na chicana jurídica persiste,
como se a justiça estivesse em puberdade.
O chefão quer ter a liberdade como um deus,
mesmo preso sem o domínio da vontade.
Esse tipo de liberdade é triste.
Denuncia em alto e bom som que covarde existe,
mesmo sem dar os nomes da sua identidade.
Apelando ao capeta e asseclas seus,
com a ilusão de ser para eles uma entidade.
Esse tipo de liberdade é triste.
E os deuses revoltados com quem não desiste,
de ser um arrogante querendo fraternidade.
Sem glória os milhões roubados dos plebeus,
mostra à sociedade a falta de humildade.
Esse tipo de liberdade é triste.
A liberdade não há quem conquiste,
sem cultuar o amor pela vida de verdade,
Querendo um poder por muitos jubileus,
foi entregue por amigos que viram a falsidade.
Esse tipo de liberdade é triste.
Querer a liberdade com o dedo em riste,
só pode partir de castelos de areia da cidade,
querendo ser do seu tempo um rico semideus,
num poço de lama da falsa caridade.
Esse tipo de liberdade é triste.
Enquanto o ruído de dor de milhões insiste,
ao poder supremo implora a piedade.
Com dinheiro que faz falta a cristãos ou ateus,
na certeza de comprar a todo custo a liberdade.
Esse tipo de liberdade é triste.