Moreno do Salgueiro
Samba como ninguém.
Fez-me refém do seu gingado.
Como pode poetisa apaixonada
Por um rebolado bem bolado?
Quando começa a dança “capoeiramente”
Deslumbra a poeira da saia justa.
O olhar nem agüenta sereno,
O corpo fluindo no ritmo frenético,
Poetisa no asfalto sorri brejeira,
Atrás do cordão do Moreno.
Poucas palavras à canção,
A cisma deve vir pela bateria.
Bate forte o coração,
O corpo logo sentencia
Atrás dos pés do Moreno,
Só não vai quem já morreu!