Gratas boas palavras
Ah! ...As coisas que eu prefiro!
Não são necessariamente as da moda
Não são coisas virais
Embora, dar uma olhada não me faça nenhum mal
Acho que gosto de “achados”
De gratas surpresas gerais
Amizades repentinas com pessoas antenadas
Porém, humildes nos seus modos
Com uma franqueza sem dolo
com olhar coloquial...
Sei que estou sendo um tanto óbvio
Talvez quase todo mundo goste...
Na praia gosto de olhar
Claro, praia hiper urbana pra a gente se deleitar
Gente gorda assumida, à vontade, de bem com a vida...
Gente linda enjoada
Coloridas, desembestadas, cervejeiras, relaxadas...
Formigueiro com sombrinhas
E eu, ali, sempre na minha...
Dando, um pouco arredio, um gole e uma baforada...
Cinema eu gosto muito, embora de certos gêneros
Futebol gosto bastante
Música, escuto médio e irrito um instrumento
Do trabalho eu nem falo porque é outro universo
Quase sem conexão com meu mundo predileto
Entretanto também tem seus encantos
Isso é certo.
As coisas que preferimos
Em nosso processo de opções
São automáticas
São símbolos das vivências
Estandartes das influências que cravamos inocentes
Sem esperar repercussão
Mas encontramos muita gente
Confirmando nosso gosto
E ficamos recorrentes passando no mesmo posto
Reabastecendo o tanque daquilo que nos agrada
E não há final pra nada
Daí que são boas as surpresas
Pra temperar essa mesa
Com gratas boas palavras.