PAIXÃO DE CARNAVAL
Anônimo rosto
Que me enfeitiçou
No meio da multidão,
Olhar brilhante;
Sinuoso corpo
Que eletrizou
Meu coração
Com adereços cintilantes.
Confetes e serpentinas
Adornavam o salão,
Prazeres e desejos
Juntos e misturados;
Por entre as cortinas
Da paixão,
Dos ardentes beijos
Ingenuamente roubados.
Idílio de uma colombina
Sem nome
Sambando na avenida
Dos amores.
Coberta de purpurina
De cognome
Das belas margaridas;
Soberana rainha das flores
Que nasceu no carnaval!
Que amei por trás de uma máscara
Quando a emoção explodia;
Quando a madrugada caiu.
O tempo passou como um vendaval!
Na passarela clara
Do festival da alegria
Ela partiu.
Desapareceu como por encanto,
Sozinho fiquei
No palco vazio,
Com as minhas lembranças.
Do incontido pranto;
Quando não mais a encontrei.
Ela se foi com seu fascínio
Deusa de negras tranças.