Confesso que Ando .
Confesso que ando , ando devagar tanto tempo ...
Imensidão deserta , flores nascidas na noite de
lágrimas de meu amor , vou ao veneno de amar .
Sinto o viver , nas estradas com teu ardor réu ...
Vivo e venho as noites recordando tudo e como
são meus despertarem com meu viver na aorta
que corta meu coração todo meu amor , tenho que
dizer-te , venha sempre , esteja comigo esta noite .
Teu cheiro me acalma , fico a espreitar esta dor de
amar , sedento de sede dos teus lábios cobertos ao
sofá confidente do ontem , no descansarem de corpos .
Desperto-me , como a presa que esconde ao olhar ...
As garras que prendem as loucuras pelos chãos frios !
Sufoca-me mais confesso mate-me , morrerei à algoz .