ETERNO ou SIMPLESMENTE O MEU AGORA
(Por Aglaure Martins)
Tão claro o dia (en-cantado)
teus olhos refletidos em minha retina sorri
um riso que me acalma e me fascina
soprando palavras q' sempre quero ouvir.
Único o gosto do teu beijo (inesquecível)
adocicado os teus lábios, poço de desejo
ensejo que nasce de ti e jorra em mim.
Ah, os teus sins, são toques suaves na alma
é pele que agasalha pele (segredos e segredos)
nossas vestes em corpos desnudos
e o mundo espelho que nos reflete em lençóis de cetim.
Tuas mãos desvendam mistérios
decifram sonora sinfonia ( ora ária, ora orquestra)
que solfeja tons e semitons
em notas que alcançam a nossa melodia.
Os teus braços (repouso que ouso)
onde vivifico e adormeço
abrigo que me aquece e me 'aquece'
abrasa o que é só nosso entre rimas e poesia.
O verbo agora conjugado
etéreo instante, luas e sóis
em comunhão permanente nesse momento
'eterno ou simplesmente o meu agora' (q' sempre viverá em nós).
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JP02022015