Quem és tu?
Quem és tu, pessoa?
Ser inóspito, um tanto tépido
Olhar cerrado, alcançou o apogeu
Resplandece, amordaça as atenções
Intransigente, faz refém aquele olhar,
Pungente aos olhos teus
O que fazes tu, criatura?
Quando o sol se põe no infinito
Persegue a lua, abre seus trabalhos
Toma-te a rede, encarna um mocinho
Entrega-te ao tenro ostracismo
Na alvorada és vilão desmemoriado
O que tens tu, ó coração?
Segregado de razões, descansa
O preferido dos dilemas, reclama
E quando o “quando” incomoda
Chora como menino e sendo homem
Prosta, admite o amor e se declama