Poesia de chuva

Em dias de chuva,

Som de água me inspira escrever,

Cheiro de chá me instiga canela pela cozinha a me embriagar.

Escuto com paciência a chuva que corre lenta e

Escorre mais uma gota, mais um gole de água.

Eu me embargo e fico muda, pois nesse súbito instante...

O que me importa é a correnteza

Que vai pelas calçadas lavar os dias finais

Para um ano novo, bem novinho que se aproxima.

Ainda tem cheiro de chuva lá fora

Espio pela janela

E mais um bocado de água a lavar a alma da rua

Atenta,

Respiro,

Penso,

Tomo um chá,

Mais uma música

E a poesia escorre em mim.

Lari Soares
Enviado por Lari Soares em 29/12/2014
Reeditado em 14/05/2016
Código do texto: T5084049
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