Poesia de chuva
Em dias de chuva,
Som de água me inspira escrever,
Cheiro de chá me instiga canela pela cozinha a me embriagar.
Escuto com paciência a chuva que corre lenta e
Escorre mais uma gota, mais um gole de água.
Eu me embargo e fico muda, pois nesse súbito instante...
O que me importa é a correnteza
Que vai pelas calçadas lavar os dias finais
Para um ano novo, bem novinho que se aproxima.
Ainda tem cheiro de chuva lá fora
Espio pela janela
E mais um bocado de água a lavar a alma da rua
Atenta,
Respiro,
Penso,
Tomo um chá,
Mais uma música
E a poesia escorre em mim.