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ARDÊNCIA
(Sócrates Di Lima)

Se eu te olho assim,
'tão elouquente,
É porque em mim,
tu me fazes tão ardente.

E se tu me olhas, enfim,
assim, de forma tão indescente,
É porque a decência em mim,
é algo assim, tão quente.
(impertinente)

E se o teu olhar é tão dardejante,
que me provoca e alicia,
Teu olhar é meu semblante,
que me vicia em poesia.

E se me faz ser teu,
na minha mais louca inquietude,
teu coração se faz meu,
Devolve-me à juventude.

Ah! E se eu te chamo para a minha vida,
e nela te permito morar,
É porque na minha cama vazia e desaquecida,
há de me fazer, em fogo te devorar.

Porquanto, havia tempos a verdadeira poesia,
Em mim já não existia,
Hoje, tu me desperta em inspiração e melodia,
Para te amar em doce magia.

E se o destino me deste em oportunidade,
para mostrar que o amor sempre valerá a pena,
Eu o agarro com intensidade,
E te faço em poesia real, doce pequena.

A ninguém mais, tenho que me sujeitar,
E querer o que não quero por pena,
Pois, em ti eu posso sem pudor deleitar,
E por ti ser absoluto e dedicado, sempre em cena.

Nunca tive e nem jamais terei medo,
do meu novo amanhã,
O amor é o meu grande segredo,
Que a ti eu dou, longe de um divã.

Ah! E se eu vivo um dia de cada vez,
E este  meu jeito de ser te acena,
Nada mais me importa, senão a sensatez,
Do amor que te darei, minha mulher  pequena.
 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 23/12/2014
Reeditado em 29/01/2015
Código do texto: T5078398
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