Este é o vestido que terminei de fazer. Costurar p'ra mim é um prazer!

                RENDAS



Ponto a ponto, linha e agulha...
Alinhavos, provas, ajustes,
Muito trabalho e ainda que custe,
Na costura, inteira, ela mergulha.

A água p'ro café ao longe borbulha...
Ela tem que parar, que embuste!
Mas logo volta e sem que se assuste,
Vê a costura que ao lado se entulha.

A data de hoje é  especial: feliz...
A renda do vestido com outra combina:
A renda que retira da aposentadoria.

Ah! é esse um inesquecível dia,
E ela enche de novo, toda a bobina,
Sonhando com sua Viagem à Paris!


(soneto em construção)

        

       Agradeço a Marcos Mollica pela linda interação:

               
Teu vestido de renda...
                  Marcos Mollica
 


Silente e bela, estás na minha frente,
Em teus olhos, duas chamas eu vejo,
Luz que me cega de amor e desejo,
E aos teus braços me jogo de repente.

Teu vestido, rasgo sem dó nem pejo,
Mãos que passeiam em teu corpo ardente,
Tocam teus segredos... inconsequente!
Cedo à loucura de um longo beijo.

E transponho os limites de tuas rendas,
Abrindo caminhos em tuas fendas,
Me embriago em teu perfume... jasmim.

Lá no canto, jogado, esquecido,
Jaz atônito teu pobre vestido,
Nunca ele viu um amor grande assim...

            
 (Marcos - 27/11/2014)
                                 23:23
 
                  

                       
Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 27/11/2014
Reeditado em 09/12/2014
Código do texto: T5051083
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