O POETA ESCOLHE A POESIA





O poeta cava,
cava suas riquezas e relíquias:
jornais antigos e recortes,
o relógio contador do tempo,
a mistificação da memória
dos lábios ardentes
e a caixa iluminada.

Ao perfurar o emoldurado coração!
Eis que o labirinto lateja...
(ao tempo dos seus olhos pueris).

O poeta,
vive o instante
como há anos
antes e hoje não houvessem pausas.

E vem uma vontade
de cantar o sol.
Cantar poesias no vão do tempo
e canta em quantidades.

E do cantar,
faz-se a luz... um jardim de flores azuis.
Vestidas de rendas,
surgem poesias.
São todas límpidas,
suspiram mil suspiros,
respiram mil murmúrios.

:.

A poesia foi escolhida:
É esta aqui,
que fala de Deus!

Ela caminhará nas avenidas,
entrará em todas as casas
e ressuscitará os mortos.







Edição de imagens e texto


 
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 15/10/2014
Reeditado em 15/10/2014
Código do texto: T5000294
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