De bruços

De bruços ele dormiu.
Na memória sonolenta: os dias de alegria.
Durante a noite não mexeu;
ficou com medo de perder as lembranças...
aquelas alegres, do tempo de criança.

Quando acordou, recobriu;
a memória passada que só trouxe paz.
Daquele lugar não saiu,
o gosto do tempo bom lhe seduziu.

Queria voltar a dormir,
para sonhar as coisas de criança que não voltam mais.
Olhou para o relógio e sentiu,
que a idade ia avançada
sem tempo para um sonho infantil.

De pé colocou-se, então, naquela manhã
e percebeu que mesmo sendo adulto
havia um coração gentil;
daqueles que só criança tem,
ou do adulto que de bruços dormiu.

Imagem: Victor Meirelles - Soldado Paraguaio - Internet
Fábio G Costa
Enviado por Fábio G Costa em 30/09/2014
Reeditado em 30/09/2014
Código do texto: T4981737
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