TRANSITÓRIO E CONTRADITÓRIO
(Sócrates Di Lima)
PRIMEIRA FASE
I
Minha vida é assim,
Não prendo-me mais a ninguém,
O que sai de mim...
Não retorna, sou intempestivo também.
Quero voar,
com asas ou sem asas,
mas, quero me enfrentar,
Houve o tempo da entrega imedível,
Apenas pelo prazer de amar,
O prazer da carne sofrivel,
Na busca do incomum em algum lugar.
Hoje estou desapegado,
Não fio em nenhuma alma vagante,
Gosto de estar bem humorado,
Ser o meu próprio amante.
Viajante das coisas impossiveis,
Transeunte da loucura sem termo,
Por isso desapego dos comuns, possiveis,
Prefiro desafiar a mim mesmo.
Minha vida sempre foi um vendaval,
O meu próprio desequilibrio,
Nasci para tumultuar,
Complicar o incomplicável,
O comum me incomoda,
o insignificante causa-me fissura,
Odeio o nhenhenhens...
cabelos arrumadinhos,
depois do gozo.
Ou vai ou racha.
Se não der,
despacho.

2A FASE
II

Mas, sempre há que se tentar,
Não se submeter a nada e a ninguem,
Ser dono das suas próprias decisões,
O mundo gira..
Rodopia,
Corre e bate em desrritimia,
O importante é fazer acontecer,
Viver um dia de cada vez,
Se tiver que sofrer, sofra...
se puder evitar, evite...
Mas, busca o que tiver que buscar.
Assim, desapego,
De tudo que pretende prender-me,
Sou livre,
Criei minhas próprias asas,
então, a vida segue para a frente.
Passado é coisa de museu,
Mas, náo prejudica a memória,
Porque antes de sermos felizes,
Temos as nossas histórias.
Cada um tem a sua fase,
E em cada uma,
uma vida nova.

3A FASE
III

Ninguem tem que mandar em ninguem,
Faça isso ou faça aquilo,
O espirito é livre,
O corpo libertinoso,
A mente cria as fantasias,
Imaginações sem fronteiras,
E nem sempre é prudente,
viver o irreal, o virtual, o intocável...
Nada há de melhor do que pegar,
Tocar, sentir, ouvir, cheirar, comer...
E é por isso que me desapego,
de tudo que me prende,
e queira direcionar a minha vida,
que queira impor vontades.

4A FASE
IV

Os pássaros são livres,
E assim eu quero ser,
exceto se o amor que vier,
venha sugar minhas forças,
Como a criptonita para o Super-homem,
Ai, sim, manterei o desapego de tudo,
E me apegarei feito louco,
a esse amor que chegar,
como meu último refugio,
meu último desafio.
por isto que sou transitório,
Imprevisível,
Contraditório.
O que eu quero,
Não está escrito em lugar algum,
Nas minhas controversias.

ULTIMA FASE
V

Quero fazer tudo de novo,
E não ser,  na minha realidade,
mais um.
Hoje posso até ser inconstante,
pois, não encontrei um amor verdadeiro,
E por força das minhas vontades,
imunidades,
Não espero,
e até ontem,
 ninguem me esperava em lugar algum
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 01/09/2014
Reeditado em 01/09/2014
Código do texto: T4945224
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.