CEDO NASCI





Cedo nasci
e os cavalos brancos
conduziram-me
para o pergaminho do vento.

Tépido fôlego e Oasis:
ao ventre
a réstia de sol
e a epiderme dos olhos do amor.

Na luz do meio-dia:
no chão da poesia invadi teus poemas.

E o sol transportou-me à eletricidade
dos desvairados quando ama
o som dos caminhos poéticos.

Sou o nervo da pedra
e o paladar uniu-se ao vinhal ungido
de óleo e leite da flor mulher.

É verdade,
fundi no debulhado oxigênio azul
o húmus e o broto do vinhedo.

Estou no patamar do sol
e não sei quando o anel de formatura
dissolver-se-á.

 



Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: Nasci cedo




 
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 24/08/2014
Código do texto: T4935664
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