AS FLORES DO MEU JARDIM
AS FLORES DO MEU JARDIM
As flores do meu jardim
ja me foram boas
ja me foram ruins
ja me rasgaram a pele com seus espinhos
ja me provocaram dor e sofrimento
ja foram tambem regadas nas lagrimas dos meus lamentos
hora abrindo
hora cicatrizando feridas
pareciam vida propria ter
as flores do meu jardim
dao me tambem muitas alegrias
suas coloraçoes sempre vivas
ou o perfume que a sala invadia aguçando o ofato
sim eram de fato as flores do meu jardim
sob o aquecimento do sol
ou o brilho da lua
elas ali permaneciam como de fato nuas
numa exposiçao permissiva e unica
atiçando me a inspiraçao
as flores do meu jardim
se misturavam nas qualidades mais diversas
entre as margaridas lindas e as orquidias raras
as rosas nao se permitiriam ausentes
cada uma com sua propria personalidade
mas todas verdadeiramente lindas
reluzentes de brilho proprio
a sensibilidae aflorava numa contemplaçao
que postergada no minimo transformaria se numa linda cançao
se as flores do meu jardim cumpriam assim o seu papel
da janela em estado de graça e concentraçao absoluta
eu via o amarelo contrastar-se ao vermelho
sim eram as flores do meu jardim juntinhas
o cravo a rosa e a jasmim
ali fixadas a raizes que nao se sabe a extençao
eram exuberantes e imponentes
quando regadas abriam- se
como se fossem gente a receber alimento e carinho
faziam daquele jardineiro da vida
um felizardo servo de Deus
ao girassol deu um oi a hortencia disse adeus
a solidao que feria o peito daquele infeliz jardineiro
era ceifada por aquele canteiro de flores
que de fato amenizava as suas dores, o comfortava e fazia feliz
eram meninas mulheres, ou simplesmente flores do seu jardim...