Eu abro as asas num êxtase sublime e canto o meu hino
Violento a atmosfera com a pressa do falcão peregrino
O voo é tão fugaz que não escuto o estrondar dos sinos
Cortejo o azul do céu e finalizo no oásis do meu destino
No solo uso a sabedoria; vou além do que é esperado
Rasgo o verde da relva com a velocidade do guepardo
Sigo persistente debaixo da tormenta e do sol severo
Não há lonjura que me faça abdicar do que eu quero
Solto o meu corpo nas águas; nem sei se é norte ou é sul
Permeio o mar dos sonhos com a rapidez do marlin azul
Meu desejo navega distante e contempla lugares irreais
Trago a minha centelha e celebro o nirvana no meu cais!
Concluo o meu trajeto com a celeridade do beijar flor
Além da pressa que existe tem que haver muito amor
No instante do arrebol o colibri louva a mãe natureza!
Rezo para que a minha essência nunca perca a pureza
Somos cérebros que peregrinam com muita velocidade
A fantasia voa longe e sempre se firma numa afinidade
Em qualquer rota pode existir a cólera de um temporal
Tudo que se alcança nesta vida é fruto do próprio astral
Janete Sales Dany
Poesia Registrada na Biblioteca Nacional