Entre risos e olhares
Quero sorriso se espalhando, qual pólen
que o beija-flor serve generosamente,
Quero um riso raro e singular
que pluralize, te alcance, plenamente...
E sem dietas, sem abster, sem regras nem contas,
quero do olhar o exagero, embriagador,
Da íris que perscruta, invade sem pudor
Olhar que ao sorrir, beija descompassadamente...
Mas se nada disso for real, quase impossível,
Ainda assim escolherei roubar tua mudez,
Porei meus parcos versos nos cerrados lábios teus,
e revolverei o silencio, fazendo rubros teu riso, tua tez...
Então me dirás do verso só, de poesia e encantamento,
e eu direi das cores que povoam teu imaginar
Trocaremos palavras por afetos, pelos olhos gestos se expressarão,
E finalmente diremos tudo o que já transpôs nosso intimo calar...
Diante dos versos teus
Menina fiquei tentado
de falar dos sonhos meus
que tenho aqui guardado.
Quantas vezes, minha amada,
seu olhar me enfeitiçou
e a íris despudorada
tua nudez me revelou.
Me contive, amada minha,
perscrutei tua beleza
mas a intenção que eu tinha
controlou a natureza.
Obrigada querida Hull de La Fuente, pela linda interação, ficou um Show!