zanguei-me com o amor...
Zanguei-me com o amor.
Já não quero falar de amor
Não quero amar, o amor.
Não me lembrem por favor…
Vou esquecer essa ilusão,
e caprichosa paixão.
Vou rasgar o passado.
Tentar outra poesia.
Rimas de alegria.
Poemas de amor renovado.
Já não quero assim o teu amor.
Eu estou muito amuada.
Nem sequer tua paixão.
E compaixão também não.
Só porque te estou a dizer…
Não vás tu escarnecer.
Nada disso quero então.
Repara, como paixão.
Com o com, ou sem o com.
É tremenda agitação.
Nem sequer tem ligação.
A paixão é fogo e ardor.
Morre no próprio calor.
E também é amor…
Quer queiramos ou não.
Une-se bem à saudade.
Compaixão é piedade.
Não se associa à paixão.
Não preciso disso não.
Fica com ela ou sem ela.
Com a paixão pois então! …
E não digas muitas vezes.
Sem saberes bem o que dizes.
Amor… amor. Eu te amo.
Amar o amor…isso não.
De ti, quero para mim
Apenas encantamento.
Que venha ai de dentro
Dessa tua afeição
Já disse, presta atenção…
Amores amores, todos têm.
Quando se tem coração.
E quando esse doce amor.
Reflecte a emoção.
De duas almas tocadas.
Por uma grande atracção.
O amor é universal.
E quando ele é sincero
Não nos vai fazer mal.
Pois se amor é alegria
Quando não é fantasia.
Amor/palavra é ousada.
Porque tem que ser pensada.
Antes de ser proferida.
Palavra que quer dizer tudo.
E também quase nada.
E …nada, nada.
Presta atenção meu amigo.
Prefiro o teu carinho.
Que sejas o ombro amigo.
Que gostes do que digo.
Que me faças companhia.
E que me dês atenção.
Chama-lhe o que quiseres
Amor? Talvez, se assim queres.
Que não seja ficção.
Mas sê verdadeiro então.
Não pretendo paixão.
Porque isso é mais ilusão.
Perde-se no alvoroço,
dos sentidos empolgados.
Quero ombro, quente abrigo.
Que goste de mim como sou.
Que seja minha lembrança
Que se torne a minha esperança.
Que respeite as minhas ousadias.
Meus sonhos, meus sentimentos.
Que goste de estar a meu lado
Que seja meu porto abrigo.
Quero assim estar contigo.
Receber o teu carinho
Partilhar teu coração.
De: Tetita
Maio 2007-05-10
Nota: Veio-me à lembrança fazer este poema depois de ter lido na net um texto de Airapuru -Meditar- que gostei muito. Os meus respeitos para o autor que me inspirou....