SOL DE INFÂNCIA
Quando o sol sorria
O dia amanhecia com pouca ou nenhuma preguiça
E agente corria por nada ou coisa pouca
E se metia debaixo das árvores
Por entre os galhos
E colhia os ramos verdes dos troncos e os comia
Antes do café...
Quando o sol sorria a gargalhada
Não havia nada que agoniasse
A meninada...
Nem tragédia que calasse aquela alegria por nada
Que era alegria por si só que se bastava,
Como um sol que vibra a cor dos dias.
CRISTIANA MOURA