O sol me chama.

Um dia de sol é um convite a céu aberto,

Em letras graúdas, dizendo bem alto:

Vem! Deixa que eu te envolva com o calor de minha chama.

Vem! Que mesmo sendo breve a vida, é longo o abraço do dia.

Deixa que eu te envolva e tome conta de ti por inteiro,

Como um amante intenso e lascivo.

Não te escondas por trás dessa cortina opaca, cujas franjas salpicam o chão...

Vem que eu te vejo e te quero.

Pegue em minha mão e sigamos como dois namorados, enamorados.

Entre as ruas, de monumento em monumento. Sentindo leve os ombros e, no cabelo o vento.

Uma parada na Torre de TV, entre as barracas da feira...

Sigamos, só eu e você e, por sobre nós, o céu de Brasília.

Vem comigo, caminhar na Esplanada e, sem nada falar contemplar a Catedral, de mãos erguidas ao céu, agradecendo a nossa visita.

Juro que não te largarei.

Estarei contigo até mesmo quando te abrigares sob os pilares d' algum monumento, fugindo de mim por um momento.

Vem! Desfaz a manha que te ata a cama...

Por um instante mente que me ama e,

Vem. Só eu e você, que preciso eu mais?

Teus pés no chão e eu só(l) por todos os lados.

Vem!

20/04/14 às 12:26

Adelaide Paula
Enviado por Adelaide Paula em 20/04/2014
Reeditado em 20/04/2014
Código do texto: T4775851
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