A OBRA
(Sócrates Di Lima)
Há o novo no caminho da vida,
O que está chegando,
E por toda a lida,
Na vida, vai-se amando.
As saudades voam,
Em revoada...
Cantos que entoam,
A passarinhada.
E seguem os sonhos em rituais,
As saudades nominais,
Como sombras em meus quintais,
Vistas ao longe, dos meus vitrais....
Murais da linha do meu tempo louco,
Que trafega em alta velocidade,
Na palavra que me causa sufoco,
Não viver o amor é morrer sem saudade.
Obra pintada pelos meus desejos,
Nas mãos que o amor acaricia,
Abrir os olhos em lampejos,
Enxergando a profundidade da poesia.
Mulher de tantos laços,
Que o tempo faz-me esperar seus abraços,
Não importa o tempo nem os espaços,
Entre a distância e a ausência dos fogosos braços.
Desenho-te em flores e cores de jardim,
Moldes de pintura que a alma faz assim,
Traços da obra que pinto em mim,
tu mulher, que se faz dona do meu sem fim.
Registrada
Jardinópolis, 27 de março de 2014.