SAGRADA LEMBRANÇA
I
Sobrevindo dos meus poros.
A poética - pérola transformada.
Árvore verde em anos de ouro.
O sentimento lambuzado,
do azul-claro das constelações.
Raridade - com céu e aves.
O coração completo,
contornado, extasiado.
Completa superfície aveludada
com imagens dos verdes bosques.
Como sabem! Eu morava longe.
– Outra paragem - ausente de estátuas.
Cruzei o saguão,
com passos de saudades.
- No broto, sinto que ainda permanecem,
a pedra e os pés descalços dos meus ancestrais.
Pois mais raro o conhecimento,
toda planta precisa,
socar o solo e regar o fruto.
Favorável, dar sentido a flor.
Mostrar ao temeroso tempo,
a arma da contenção.
II
Esbelto e bem-posto,
o busto, mesmo no florescer.
Assim, no flechar-se com o jogo.
Abraçou a viagem...
E, nunca se deixou iludir, com enigmas.
Entre o arquejar e os olhos enxutos.
O antigo castelo,
ficou para trás da montanha,
do primeiro beijo,
no meio de um pântano escarlate
e de água limpa.
Chamado cidade luz. Ela.
Não pude esconder o copo de lágrimas,
quando uma mosca com seu zumbido trôpego.
Anunciou que, minha mãe, em soluços se extinguia,
dentro do quarto silencioso.
Era um silêncio tão imenso,
que se ouvia, até o respirar das flores.
III
Bem-aventurada a
ditosa aurora - que com sua janela aberta,
deixou-me secar o mar de lágrimas
em seu lenço perfumado.
Apagar as expressões de foices,
do meu pensamento.
E riscar de vez, os dias tristes.
E disse mais:
A alma deixa a carne e alcança eternidade...
É a mais sublime das maravilhas.
Depois:
Despertou-me para a subida
do túnel dos dias futuros,
e usufruir do dom divino
recebido e penetrado
na encantada inspiração.
Desbastei os cacos,
desatei os nós
entranhei-me
no retrato da poesia.
Arrisquei-me,
na linguagem poética
e subscrevi a vida lírica,
nas folhas do banquete...
Edição de imagens:
Shirley Araújo
Texto: sagrada lembrança
I
Sobrevindo dos meus poros.
A poética - pérola transformada.
Árvore verde em anos de ouro.
O sentimento lambuzado,
do azul-claro das constelações.
Raridade - com céu e aves.
O coração completo,
contornado, extasiado.
Completa superfície aveludada
com imagens dos verdes bosques.
Como sabem! Eu morava longe.
– Outra paragem - ausente de estátuas.
Cruzei o saguão,
com passos de saudades.
- No broto, sinto que ainda permanecem,
a pedra e os pés descalços dos meus ancestrais.
Pois mais raro o conhecimento,
toda planta precisa,
socar o solo e regar o fruto.
Favorável, dar sentido a flor.
Mostrar ao temeroso tempo,
a arma da contenção.
II
Esbelto e bem-posto,
o busto, mesmo no florescer.
Assim, no flechar-se com o jogo.
Abraçou a viagem...
E, nunca se deixou iludir, com enigmas.
Entre o arquejar e os olhos enxutos.
O antigo castelo,
ficou para trás da montanha,
do primeiro beijo,
no meio de um pântano escarlate
e de água limpa.
Chamado cidade luz. Ela.
Não pude esconder o copo de lágrimas,
quando uma mosca com seu zumbido trôpego.
Anunciou que, minha mãe, em soluços se extinguia,
dentro do quarto silencioso.
Era um silêncio tão imenso,
que se ouvia, até o respirar das flores.
III
Bem-aventurada a
ditosa aurora - que com sua janela aberta,
deixou-me secar o mar de lágrimas
em seu lenço perfumado.
Apagar as expressões de foices,
do meu pensamento.
E riscar de vez, os dias tristes.
E disse mais:
A alma deixa a carne e alcança eternidade...
É a mais sublime das maravilhas.
Depois:
Despertou-me para a subida
do túnel dos dias futuros,
e usufruir do dom divino
recebido e penetrado
na encantada inspiração.
Desbastei os cacos,
desatei os nós
entranhei-me
no retrato da poesia.
Arrisquei-me,
na linguagem poética
e subscrevi a vida lírica,
nas folhas do banquete...
Edição de imagens:
Shirley Araújo
Texto: sagrada lembrança