RETALHOS DO TEMPO
Quantas vezes fiquei sentada em frente ao espelho
A me perguntar
Será que o tempo passou?
Ou passei por ele sem percebe
Quantos sonhos invasivos foram desfeitos
Sem percebe
Mais uma vez fico a mirar este espelho
E passo a me perguntar
Reflexões que surgem e começo a indagar
O que foi o ontem
Como está sendo o hoje
Tudo parece um tumulto
Feito uma aquarela de cores
Tenho que me dar conta escolher
Uma será rosa a outra azul
Neste vai e vêm de cores quero me encontrar
Direcionando cada momento ao seu devido lugar
Unificar o contentamento que me leve sem ressentimento
Que seja de certeza
Sem ter a mesa presa a nenhum lugar
Quero flutuar entre as nuvens
Voar feito um passarinho sentido a liberdade no ar
Eu quero é me olhar no espelho e me admirar.
Margarida Cabral