O TÚNEL DO TEMPO



A mão cheia de conchas,
para arremessar no retrato da infância.
Verseja a prosa como quem brincou de roda.
Ó Brasil, idade puerícia de mim.

A estátua é flechada e
o estilingue não fere as horas,
do susto,
do estouro da pedra pueril.

Palavras e obras
planejadas no papel.
O tempo...
planta tambores velados,
lenço, a palavra-cruzada,
e a bengala.

A poesia navega
pelo centro da sala de estar.

Pela manhã, tudo se evapora...
esvanece a memória do computador,
e se consterna a Rosa dos Ventos.


 

Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: Túnel do tempo

ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 15/03/2014
Código do texto: T4730379
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