BAÚ DO TEMPO

BAÚ DO TEMPO

Navego entre canteiros

Navego em alto mar

Miro o verde mar

E passo a semelhar

O verde de teus olhos

Com a cor das ondas do mar

Passo a me refugiar

Sem me ilhar

Quase a deriva

Começo a sonhar

Com o florescer do dia

Que reluz ao brilho do sol

Reativando o tênue caminhar

Que transborda em risos

Fazendo mergulhar

Molhando os nichos que estavam no fundo do mar

E começam a se soltar

Feito um pássaro deslocando-se em um voo ininterrupto

Exalando desejos adormecidos

Que estavam ancorados no fundo do mar

Margarida Cabral