DONA DO DOM
(Sócrates Di Lima)
Mulher...
Tu sabes ser bela,
Tu sabes o que quer,
Tu és porta e janela,
De uma beleza em passarela,
Luz eterna de um bem querer.
Mulher,
Tens o dom da beleza,
E não é uma beleza qualquer,
É o belo da realeza,
De ser mulher.
Tens o dom do sorriso,
Do olhar penetrante,
Das palavras que sonorizo,
No sentido de um sentir penetrante.
Tens uma alma nobre,
Um jeito especial de ser,
Reluzes como ouro, prata e cobre,
Diamantes e brilhantes de um viver.
Se teu corpo um dia sofreu,
Na angustia de ser feliz,
Teu semblante escondeu,
É um céu azul em risca de giz.
Tens religiosidade,
Carinho extenuante,
E nas adversidades,
É mulher interessante,
Que sabe contornar os fatos,
A verdade é seu oficio,
Entre atitudes e atos,
Se sobressai sem sacrificio.
Da arte faz teu bem viver,
Delicadeza e ternura,
Sem nenhuma frescura,
É o teu mais íngreme prazer.
Linear...
Em amar,
És mulher encantadora,
Que me desperta e me faz algoz,
Uma mulher conservadora,
Que dá para se sentir na voz.
E nenhum de nós,
Pode questionar seu caráter,
Que mostra o berço que foste embalada,
E a Deus que nunca a deixou a sós,
Te fizeste mulher idealizada.
Tanto amada...
Por quem te circunda,
Alteroza,
Formosa,
Em postura de virtuosas damas,
Acende-me e queima-me em chamas.
E para mim se faz encantada,
Que o amor em bem querer fecunda.
E assim te abraço em laços fortes,
Em verdades e versos deste poema,
Onde minha alma lírica e lúdica entra em cena,
Num bem querer perene,
E por todas as minhas sorte,
Sem frescura, nenhum dilema,
Numa vontade serena,
faz-me eclodir em alto e bons tons,
Ës Tu a mulher do meu poema,
Dona dos teus dons.