A LIMPIDEZ DO LAGO DO POETA
Quão intensamente decidi
navegar no lago da aspiração?
Determinado protótipo dos poetas.
Viver intimamente com a poesia?
É que, o poeta é um gato lambedor de assoalho.
Ele convive com a trombeta dos Arcanjos.
Criatura que abre as venezianas para o sol entrar!
É uma necessidade! - Subsiste ao fundo da alma.
Improvisa num instante,
um vocábulo assonante,
que perdura uma vida inteira.
Reprimi-lo jamais? Acreditemos.
Muitos dirão:
É alucinado? É insano? É fingidor mais que tudo?
Ao catalogarmos a transpassada mata:
Ele limpidamente qual um lago
finda o nó germinal do silêncio.
Penetra o sonho, a cruz,
Influi nos livros - o inconfundível,
os ósculos da paixão,
os versos sagrados da alma.
Há quem não o cobice.
Há quem não o interesse.
Mas, tudo que nele existe:
Gloriosa flâmula.
Faz do aprendizado o clarão.
Não receia o sal ao semblante,
Não teme a angústia,
E faz das mãos o turíbulo de amor.
E indagamos titubeantes.
Quem é esse ser?
Que, em contorno túrgido de júbilo,
Chacoteia a gente?
O mais fatal.
Incita-nos de vontade?
Válvula do narcíseo sol alumiado?
Dilata as réplicas retinas do cotidiano.
Com ele extraímos os pedregulhos
das constelações embaçadas.
Que alquimia tão sigilosa
escorre de suas veias?
RESPOSTA:
Este ser sou eu - tu...
o arqueiro sagrado,
que com os poros cardinais
conseguiu sobreviver – alongar-se
aos contornados lábios deste poema.
Edição de imagens:
Shirley Araújo
Texto: A limpidez do lago do poeta
Quão intensamente decidi
navegar no lago da aspiração?
Determinado protótipo dos poetas.
Viver intimamente com a poesia?
É que, o poeta é um gato lambedor de assoalho.
Ele convive com a trombeta dos Arcanjos.
Criatura que abre as venezianas para o sol entrar!
É uma necessidade! - Subsiste ao fundo da alma.
Improvisa num instante,
um vocábulo assonante,
que perdura uma vida inteira.
Reprimi-lo jamais? Acreditemos.
Muitos dirão:
É alucinado? É insano? É fingidor mais que tudo?
Ao catalogarmos a transpassada mata:
Ele limpidamente qual um lago
finda o nó germinal do silêncio.
Penetra o sonho, a cruz,
Influi nos livros - o inconfundível,
os ósculos da paixão,
os versos sagrados da alma.
Há quem não o cobice.
Há quem não o interesse.
Mas, tudo que nele existe:
Gloriosa flâmula.
Faz do aprendizado o clarão.
Não receia o sal ao semblante,
Não teme a angústia,
E faz das mãos o turíbulo de amor.
E indagamos titubeantes.
Quem é esse ser?
Que, em contorno túrgido de júbilo,
Chacoteia a gente?
O mais fatal.
Incita-nos de vontade?
Válvula do narcíseo sol alumiado?
Dilata as réplicas retinas do cotidiano.
Com ele extraímos os pedregulhos
das constelações embaçadas.
Que alquimia tão sigilosa
escorre de suas veias?
RESPOSTA:
Este ser sou eu - tu...
o arqueiro sagrado,
que com os poros cardinais
conseguiu sobreviver – alongar-se
aos contornados lábios deste poema.
Edição de imagens:
Shirley Araújo
Texto: A limpidez do lago do poeta