DENTRO E FORA DA NAU QUE ME NAVEGA






Navega a nau frenética.
Sobre a embriaguez brilhante dos meus poros.
– O ritmo caudaloso, o revogado voo da garça.

Toda a ração lírica do amor!
percorre o fundo do pélago,
da areia branca...
— Perfeito contorno longitudinal e horizontal
na claridade plumosa da pupila.


A extensão do rosado céu – pássaro.
- Começa no perfume da roseira que nos abraça!
A alva pérola ligeiramente absorve a cor das flores.

Na areia transparente e luminosa,
brilha o âmago da paisagem do dia-a-dia.
Sobre a água limpa das constelações – o retrato imaculado.

E a paisagem pulsa!
reconstrói,
coleciona...
tantos sons,
rastros de sóis,
estradas floridas!

— Ó fulgente alma que alegremente pastoreia a campa,
galopa no outono das rosas & conchas do poema.




Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: Dentro e fora da nau que me navega








 
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 25/02/2014
Reeditado em 25/02/2014
Código do texto: T4705123
Classificação de conteúdo: seguro
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