A VIDA...





A vida é um faminto pente-fino,
onde há múltiplas egressões.

Completo genocídio...
Mas, no dialogar, traz inúmeras chances,
de encontrarmos um acesso,
que nos desvirtuem, para uma preleção.
Versá-la como um lustre ornamental.

Todos nós temos no íntimo,
algo amargurado e abismal,
certamente por um ensejo transfigurado,
e, sobretudo por um sentimento fumego.

No fulgor claustrofóbico, sentimo-nos:
Um gato pictórico, um solo descompassado...
com amplas feridas cálidas.
Mas, algo agoniza no silêncio da alma.

E, de súbito, estamos prontos para recomeçar...

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Então pensei em algum poema...
que sintetizasse a existência.
Sem becos estrangulados,
sem siglas sôfregas,
sem calça Jeans empoeirada.

O poema que consecutivamente refleti
é a respeito de uma gôndola
que me invente e transforme.
Até mesmo, na lei do pensar...

Encerrar o que é odiar
até o calcanhar.

Então, indagar com as velas acesas.
Pensar na razão e na emoção.
Quem sabe em ambas!
Poder vergar o ânimo,
e com o punho ativado e elétrico,
sonorizar tão somente a V I D A.
 



Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: A vida...

ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 21/02/2014
Código do texto: T4701265
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