O dia de hoje
O dia de hoje chegou anunciando
o novo estado de (ter de) ser:
fazer das lágrimas caídas
minha escada sem ressentimentos.
Sentir a dor com a mesma intensidade
com que sinto o prazer,
e aprender com ela um pouco
mais de mim mesma.
Incorporar os instantes de dor
como (re) nascimentos,
pois nada se repete.
Não me embeber despretensiosa
dos eflúvios que me envolvem,
emendando à existência o meu infinito,
não deixar de experimentar a extensão da dor
e viver muito (muito mesmo!) feliz.